PORTAL TERRAS POTIGUARES NEWS

PORTAL TERRAS POTIGUARES  NEWS
COM 77 BLOGS E MAIS DE 5 MIL LINKS - MOSSORÓ-RN

BLOGS DO PORTAL TERRAS POTIGUARES NEWS

quarta-feira, 30 de junho de 2010


PADRE PHILIPE BOUREL, natural de Agripa (Alemanha) falecido na Missão Jesuíta da Aldeia do Lago Pody, no dia 15 de maio de 1709, quando a mesma foi atacada pelos imdigenas Janduís, que apesar de pertencerem ao mesmo grupo taraiiú, eram ferrenhos inimigos daqueles paiacus.

DESCOBERTA A PRIMEIRA PINTURA DO RN

O historiador Olavo de Medeiros Filho conta a história da primeira pintura feita no Rio Grande do Norte, em 15 de maio de 1709, no Apodi.

A chamada Guerra dos Bárbaros, ou o levante do Gentio Tapuia, ocorrida nas quatro décadas que medeiam os anos de 1683 e 1725, foi um dos episódios mais dramáticos da História da antiga Capitania do Rio Grande do Norte. Concedidas as primeiras datas e sesmarias no interior da Capitania, com a finalidade de expandir-se a criação de gado, ocorreu a reação dos Tapuias contra a presença dos curraleiros no sertão por eles habitado.

Na medida em que os indígenas iam sendo vencidos pelo terço dps Paulistas, eram eles coagidos a se aldearem nas missões religiosas, como foi o caso dos Tapuias Paiacus, do grupo étnico-cultural. No dia 10 de janeiro de 1700, uma terça-feira, o padre jesuíta Felipe Bourel, alemão de AGRIPI, fundou a Missão de São João Batista da Lagoa do Apodi, no local que passou a receber a denominação de Córrego da Missão.

O padre Felipe Bourel viera do Colégio da Companhia de Jesus, ma Bahia, na qualidade de missionário apostólico. A respeito do alemão dedicou o escritor Dom Domingos de Loreto Couto, autor do Livro ‘Desagravos do Brasil e Glórias de Pernambuco”, impresso no ano de 1757, os mais louváveis elogios.

Segundo aquele escritor, o Padre Felipe Bourel teria ressuscitado uma criança indígena, já sepultada, batizando-a em seguida. Entregue a criança a mãe, teria a mesma vivido mais alguns dias. Naquele ano de 1757, ainda existia na Capela de Apodi, um quadero retratando o episódio milagroso.

O padre jesuíta Serafim Leite, autor da HISTÓRIA DA COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL, nos fornece variadas informações sobre a presença do Padre Felipe Bourel naquela Missão do Apodi.

No ano de 1709, a Aldeia dos Piacus da Lagoa do Apodi foi atacada pelos indigenas Janduins, que apesar de pertencerem ao mesmo grupo Tarairiú, eram ferrenhos inimigos daqueles paiacus. No ataque desferido pelos referidos Januins, contra os 600 Paiacus aldeados no Apodi, aprisionaram os atacantes 80 indivíduos e mataram 70.

Graças à informação que nos foi prestada por Eudes Galvão, recentemente falecido em Buenos Aires, tomamos conhecimento da existência do quadro “Morte do Padre Felipe Bourel”, pertencente ao acervo do Museu Nacional de Belas Artes (Av. Rio Branco, 199, Rio de Janeiro – RJ). Com a ajuda prestada por Paulo Fernandes de Albuquerque Maranhão, conseguimos uma cópia da referida tela, no tamanho de 74 x 62 centímetros, a qual será oportunamente doada ao nosso Instituto Histórico e Geográfico.

Quando ‘Morte do Padre Felipe Bourel” de autor desconhecido da Escola Portuguesa do Século XVIII, é a primeira tela da mencionada Escola que registra uma paisagem do Brasil. Até então a arte profana e o registro de paisagens das colônias portuguesa, como o Brasil, eram objetos de proibição pela Escola.

A referida tela foi adquirida em Londres, em 1964, pelo nosso embaixador Afrânio de Melo Franco, e posteriormente doado pela embaixatriz Germina de Melo Franco, em atenção ao desejo expresso de seu marido, aquele Museu de Belas Artes

No centro do quadro aparece uma rústica cabana, coberta de buriti, em cujo interior, repousa o corpo agonizante do Padre Felipe Bourel, deitado sobre um leito também de palha. Dois portugueses assistem-lhe os últimos minutos de vida. Em volta do sacerdote, alguns indígenas choram a morte iminente.

O autor do quadro inclui algumas cenas do dia-a-dia da Aldeia: bovinos pastando, um Paiacu pescando com um anzol em sua canoa; uma criança a retirar água da lagoa com um cabaço. Imponentes árvores e algumas palmáceas (catolés) retratam a vegetação nativa. Aparecem também rústicas cabanas, utilizadas pelos indígenas empenhados em suas atividades campestres. Vêem-se também duas redes armadas entre palmeiras, a uma considerável altura do chão. Belas araras cortam os céus apodienses. Na águas plácidas da lagoa vê-se uma embarcação de porte, talvez criada pela imaginação do pintor.

À imagem da lagoa vê-se dois castelos, tipicamente germânicos, de avantajadas proporções “construtoras” em plagas apodienses, fruto da imaginação do pintor. Talvez os ditos castelos existentes, na realidade, em Agripi, na Alemanha.

Dominando o fruto da paisagem, umas serras azuladas, desta feita dentro da realidade ecológica da região do Apodi.

No recanto inferior direito da tela, figura uma legenda em latim, um tanto estropiada em sua pureza lingüística.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Quem sou eu

Minha foto
ESTE É O 9º BLOG DO PORTAL OESTE NEWS, CRIADO PELO STPM DA RR PM JOTA MARIA, DA GLORIOSA E AMADA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

ACADEMIAS